domingo, 25 de outubro de 2009

quem não pode sentir .

  "cala a boca e para de controlar o que eu sou!" parece conversa de menina rebelde, sem ter nada na cabeça; mas eram essas palavras que lhe vinham a boca e principalmente no coração todas as vezes que tinha seus sentimentos cortados pela metade, pela verdade, e pelas circuntacias. A vida não vinha andando de mãos dadas com ela ultimamente, vinha a empurrando de tras, pra não correr o risco dela dar meia volta e sentar no seu lugar predileto pra sentir a brisa suave lhe tocar a pele, os cabelos, a boca, e a alma.

  Nem ela mesmo sabe como foi parar nessa posição, nem sabe também como faz pra encara-la , a cada tentativa, uma nova perda, um novo tapa na cara, tapa certeiro pra mostrar que a vida castiga também, e não é como castigo de mãe que depois vem o afago, é castigo de Deus pra mostrar que não é sempre ela que escreve sua prórpia história, porque se dependesse só dela, não esperaria o "meio" do livro com seus desafios e aventuras pra chegar no final. Ela queria tudo rápido e fácil, minusciosamente planejado, mas quem dera..


  Precisava com urgência de um passe de mágicas, de carta livre pra voltar a ser pessoa comum, de azar para poder fugir das oportunidades de "histórias bonitas", de misericórdia dos olhos de quem admira sua coragem.


  Ela chora, mas de que adiantaria chorar se estava chorando como um bebê se acostumando a ficar sem o calor da mãe, não tem muito o que interferir, é pra aprender.

  Ela ri, mas não de desespero, ri pra poder olhar pra si e ve o quanto sente pena das coisas que faz pra continuar caminhando aos empurrões da vida.

  " vai, vai segue em frente", era sempre a ultima frase que queria ouvir daquela boca, daquelas pessoas, mas parece que era a frase que todos ensairam pra falar quando ela chegasse.




Lunna de Araújo

Nenhum comentário: