domingo, 19 de setembro de 2010

Isso não é problema psicológico.

Os seres evoluem, o mundo atravessa eras, mudam-se conceitos e opiniões, e mais um monte de coisa também, e blá blá blá. Coloquei essa introdução bem clichê porque ultimamente parei pra analisar como qualquer tipo de mudança mexe com as pessoas, as vezes positivamente, outras não, mas de qualquer maneira mexe.
Ninguém, absolutamente ninguém pode dizer que um dia não achou que a vida que levava ia ser pra sempre, que nenhuma mania, ou hábito de ir a algum lugar mudaria, ou  até mesmo passaria. Todos nós fazemos confusão as palavras "conservar" com "eternizar", custa entender que conservar certas coisas não são eterniza-las ou coloca-las no formol exatamente como são; como eu disse no início clichê, tudo muda.
O problema está na maneira que essa mudança acontece, que por sinal, não é do dia pra noite como costumamos imaginar que sejam, é gradualmente, porém, a nossa visão é que não consegue acompanhar, acredite, acontece com todos, quando a mudança é você, alguém vai achar que tudo aconteceu do dia pra noite. Aí vem aquele replay na cabeça do "que parte disso tudo eu perdi pra chegar nesse ponto?" acompanhada de uma pitada de desespero por achar que estava ausente por uns mil anos, solitário e a par do mundo e não saber mais o que se passa, e incrível é que aos poucos você vai percebendo que tudo ao redor ta diferente, ai você pensa "meu Deus, onde eu estava?!" nem na TV o seu programa favorito passa mais (na verdade passa, mas ta reformulado).
Você tenta correr atrás de tudo que acha que foi perdido, participar de tudo ao seu redor, e o cilco vicoso começa porque cada vez mais você perde partes da história enquanto tenta viver outras.
Entendeu agora?
O problema não é você, não são os outros, nem as coisas, nem o mundo, muito menos psicológico, na verdade, ele nem existe. A vida é que não consegue esperar que você alcance ela.


Lunna de Araujo