Quando dava 3h ela sempre levantava e fazia suas oraçães, pedia sempre a mesma coisa. Ela sabia que a dor que corroia por dentro era consequencia dos atos impensáveis de terceiros, mas não pensava em rancor, os terceiros sempre foram importantes pra ela.
Seu sentimento egoísta só atingia a si própria, os outros eram sempre mais privilegiados que ela mesma, a felicidade dependia dela, mas a dela dependia da dos outros.
O ferimento que ela sarava pouco a pouco todos os dias conversando com aquele que sempre considerava seu pai era encarado com amor... "não, a culpa é minha" era o que pensava, mas ele sempre motrava pra ela que a dor está adormecida em todos, e que de apenas um gesto precisa parar aflorar, e esse gesto vem de fora. Ninguém sofre por sofrer! Que palavras.. que ajuda... era tudo que seu coração desesperado precisava.
Sua paixão pelas pessoas passava dos limites de um humanitário qualquer, por isso ela caiu, não queria acreditar que aquela raça era portadora da maldição da humanidade, mas novamente tendo sua conversa de madrugada, aprendia que a perfeição só pertence ao soberano. Os humanos apenas admirávam-na e tentavem segui-la.
Mas o que fazer se ela não conseguia parar de proucurar o amor perfeito dos outros...
certa vez acordou tão bela.. seu pedido fora atendido.. estava do lado do pai, e com sua pureza, com sua força, pode exalar todos seus sentimentos, em cima daqueles que considerava belos, pode proteje-los, pode ama-los de verdade, sem medo de ser ferida denovo.
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